terça-feira, setembro 13, 2005

tapete

"Vou me sentir um marginal quando te ver nua no tapete. Em cima te pedirei pra virar-se. Meu sonho. Voce louca e excitada. Meu animal selvagem louco pra voar acha sua presa. As nuvens se fecham. As cortinas serradas. Meus dedos tocam o calor do teu corpo que me pede e implora. E meus dedos vao doer de tanto te entregar suado o meu prazer ao seu. O prazer serah todo seu quando meus dedos morrerem.
Eh verdade, o monstro vem ao meu ouvido dizer pra me acalmar. Sabendo dos meus pecados, assim como os de todos - e os seus - me ordena a rezar. Duas mil oracoes.
Quatro mil horas rezando, e o monstro vai embora e de volta meu horror e voce quente a me esperar. De novo volto a sonhar.
Somos todos tolos presos aos nossos proprios preconceitos quando nos esquecemos de sonhar, quando nos privamos de sermos livres de verdade. Nossos preconceitos nao nos deixam aceitar e entao entendemos tudo errado. Nos acusamos ao errar.

Nessa acao frenetica todos os rostos veem a minha cabeca. Gritam. Gritam. Gozam. Culpam. Tenho vergonha, mas nao consigo evitar e de novo voce vem me visitar. Ate o fim de tudo. Ate acabar o fim de tudo. Ate eu gozar."