Porque meu Deus prendestes minha boca? Sonny chorou. Ele fala que tem medo, que as pessoas tem medo de falar e que as pessoas mentem. Ele sempre achou que falava demais e so agora sentado ali naquele sofa com a cabeca as maos e a televisao lhe assistindo descobriu que Deus lhe prendeu a boca pela metade. Ele temeu a verdade das palavras que sao tao fortes quanto sua propria vida. Existe um marasmo te perseguindo Sonny, levante! Preciso te falar a verdade, tenho que me abrir e deixar sair, preciso me estourar em tesao e sussurros por voce. Preciso te calar pra eu falar e entrar.
Nesse ultimo fim-de-semana tive muitas sensacoes de desespero. Deixei meu corpo suar e tremer por voce. Mas nao falei com a boca. Sou dono de um silencio fatal, tao frio quanto a neve e num piscar de olhos tao logico como as chamas. Meu furor as vezes eh equivocado e arrogante e vem como os raios de luz. Exaltacao de sentimentos reprimidos: inveja, ciumes e raiva. Mas tambem de sentimento paterno: daqueles de receber um beliscao por debaixo da mesa tao forte que nao tem como a familia alheia nao perceber. Meus pais estavam certos na maioria das vezes.
Hoje ele esta calado caminhando sozinho a estrada da luz, respirando o ar cor-de-rosa e pensando em qual nota a musica esta sendo tocada. Sonny esta planejando sua reclusao da nova ordem. O povoado eh imenso em sua cabeca e o espaco esta ficando cada dia mais restrito. Seu medo esta se diluindo e quanto mais a primavera se adentra mais cresce seu desejo de aventura. Todos querem seu desejo, todos compram por desejo, vendem-se por desejo. Meus amigos se jogam em desejos. Meus netos irao pintar desejos em cores ainda inexistentes e serao alienados aos desejos assim como foram meus avos no navio imigrante a long time ago e me deram a vez. Agora moro aqui nessa fabrica de desejos e ainda estou com medo. Temo a inveja que sinto de Sonny. Temo seu medo se desfazendo e andar como se isso fosse nada demais. Precisamos entrar e provar nossa amizade. Temos que nos conter a esse formigamento. Vamos, esse vento ainda pode nos fazer mal.
Nesse ultimo fim-de-semana tive muitas sensacoes de desespero. Deixei meu corpo suar e tremer por voce. Mas nao falei com a boca. Sou dono de um silencio fatal, tao frio quanto a neve e num piscar de olhos tao logico como as chamas. Meu furor as vezes eh equivocado e arrogante e vem como os raios de luz. Exaltacao de sentimentos reprimidos: inveja, ciumes e raiva. Mas tambem de sentimento paterno: daqueles de receber um beliscao por debaixo da mesa tao forte que nao tem como a familia alheia nao perceber. Meus pais estavam certos na maioria das vezes.
Hoje ele esta calado caminhando sozinho a estrada da luz, respirando o ar cor-de-rosa e pensando em qual nota a musica esta sendo tocada. Sonny esta planejando sua reclusao da nova ordem. O povoado eh imenso em sua cabeca e o espaco esta ficando cada dia mais restrito. Seu medo esta se diluindo e quanto mais a primavera se adentra mais cresce seu desejo de aventura. Todos querem seu desejo, todos compram por desejo, vendem-se por desejo. Meus amigos se jogam em desejos. Meus netos irao pintar desejos em cores ainda inexistentes e serao alienados aos desejos assim como foram meus avos no navio imigrante a long time ago e me deram a vez. Agora moro aqui nessa fabrica de desejos e ainda estou com medo. Temo a inveja que sinto de Sonny. Temo seu medo se desfazendo e andar como se isso fosse nada demais. Precisamos entrar e provar nossa amizade. Temos que nos conter a esse formigamento. Vamos, esse vento ainda pode nos fazer mal.